Greve esticada, com mais de 70 dias, deixa prejuízos a segurados e beneficiários do INSS; Governo tenta acordo
A greve dos servidores do INSS, que passa dos 70 dias, continua, mesmo após ter sido fechado um acordo entre uma das entidades que representam os trabalhadores e o Ministério da Previdência Social. A paralisação começou no dia 10 de julho. O governo tenta avançar nesta semana para o fim da paralisação.
A Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) recorreu ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) para revogar o acordo. O STJ entendeu, porém, que o acordo é válido. A decisão impõe uma derrota à Fenasps.
O impasse nas negociações para o fim da greve levou o Palácio do Planalto a sinalizar com uma possível intermediação para as atividades voltarem à normalidade. Os dirigentes da Fenasps alegam dificuldades para estabelecer um diálogo com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI).
Com a longa greve, beneficiários e segurados do INSS estão no prejuízo: os números apontam que, desde o início da paralisação, 4.000 perícias médicas presenciais foram remarcadas e o número de pedidos de benefícios saltou de 1.353.910 para 1.506.608 em todo o Brasil, um aumento de 11,27%.