Oito pessoas são encontradas mortas onde PM foi assassinado um dia antes, no Complexo do Salgueiro

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As vítimas foram localizadas por moradores; caso é acompanhado por entidades de direitos humanos

Moradores encontraram pelo menos oito pessoas mortas, na manhã desta segunda-feira (22), no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Na mesma região, um sargento da Polícia Militar foi morto em confronto do Batalhão de Operações Especiais (Bope) com a suspeitos, no sábado.

Moradores encontraram pelo menos oito pessoas mortas, na manhã desta segunda-feira (22), no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Na mesma região, um sargento da Polícia Militar foi morto em confronto do Batalhão de Operações Especiais (Bope) com a suspeitos, no sábado.

As vítimas começaram a ser retiradas pelos próprios moradores.

Em entrevista ao o “Bom Dia Rio”, da TV Globo, o porta-voz da Polícia Militar, major Ivan Blaz, informou que uma ocupação do 7º BPM na região “para estabilizar a região após denúncias de bandidos estarem fazendo o uso de escolas, inclusive, para o tráfico”.

“Após a morte do sargento, o Bope foi para a região. Houve vários confrontos durante o final de semana na área do mangue. Tivemos a apreensão de vários materiais usados em combate. Deduzimos que houve inúmeros feridos entre policiais e traficantes.

Ao O Globo, a Polícia Militar informou que, após o conhecimento de corpos a corporação dará início a uma ação no local e permanecerá na região para garantir o trabalho de perícia da Polícia Civil.
Nas redes sociais, o defensor público geral Rodrigo Baptista Pacheco informou que acompanha o caso.
Print do procurador no qual é diz: Equipes da  @defensoria_rj  e da Ouvidoria, em companhia de outras entidades (OAB, ALERJ e FAFERJ), irão hoje, às 14h, atender as famílias do Complexo do Salgueiro em São Gonçalo
Foto: Reprodução

VÍTIMAS TÊM SINAIS DE TORTURA, DIZ ENTIDADE

A vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio (OAB-RJ), Nadine Borges, disse que “a Polícia Militar não informou ao Ministério Público” que estava ocupando a comunidade.

Segundo a advogada, a instituição “descumpriu a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que permite apenas ações excepcionais durante a pandemia”.

Nadine afirma “há relatos de tortura nos corpos”. A comissão acompanhará a perícia.

POLÍCIA DIZ TER SIDO ATACADA

Segundo a polícia, na tarde do domingo, a gentes do Bope atuaram no Complexo do Salgueiro, após informação de que uma das pessoas que atacaram a equipe do 7º BPM, no último sábado, estaria ferido no local.

Conforme a polícia, equipes foram atacadas nas proximidades de uma área de mangue com mata, gerando um confronto.

Na ação, segundo a PM, foram apreendidos duas pistolas, munição calibre 9 mm, 56 munições de fuzil calibre 762, cinco carregadores (02 para fuzil e 03 para pistola), um uniforme camuflado, 813 tabletes de maconha, 3.734 sacolés de pó branco e 3.760 sacolés de material assemelhado ao crack.

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