Suspeito de matar os 4 filhos no RS já havia agredido a mulher e foi proibido de se aproximar dela
Homem tinha quatro filhos com a ex-companheira, que já havia sido agredida, se separou e pediu medida protetiva. Crianças de 3, 6, 8 e 11 anos foram mortas na casa dele, enquanto faziam uma visita.
David da Silva Lemos, 28 anos, pai das quatro crianças mortas em Alvorada, no Rio Grande do Sul, e principal suspeito tinha histórico de agressões, segundo a polícia. O homem estava com os filhos que foram encontrados mortos com golpe de faca e asfixia e preso nesta quarta-feira (14).
De acordo com a polícia, o casal havia ficado junto por 12 anos e tinha se separado recentemente depois que, em setembro, ele agrediu a mãe. A vítima, 24 anos, registrou um boletim de ocorrência e conseguiu medida protetiva contra o homem.
Segundo a família das vítimas, na noite do crime, as crianças estavam com o pai para visita e voltariam para a mãe nos próximos dias. De acordo com o conselheiro tutelar Diego Armelito, de Alvorada não havia nenhum relato de violência com as crianças.
Em entrevista, a avó materna disse que o homem já havia agredido a mãe das crianças e disse acreditar que ele cometeu os crimes para atingi-la. “Ele já agrediu minha filha. Já tinha acabado o relacionamento, não tinha nada mais a ver, mas ele fez pra atingir minha filha, com certeza, da pior forma que tem. Ele é um covarde”, diz Idenise Martins da Silva.
Relembre o caso
As crianças foram encontradas mortas na casa onde estavam com o pai em Alvorada por volta das 19h30 da terça-feira (13), quando familiares acionaram a polícia. O homem já havia deixado o local, mas foi encontrado nesta quarta-feira (14) em um hotel na capital, Porto Alegre.
As vítimas são os irmãos Yasmin Antunes Lemos, de 11 anos; Donavan Antunes Lemos, de 8 anos; Giovanna Antunes Lemos, de 6 anos; e Kimberlly Antunes Lemos, de 3 anos.
Segundo a polícia, ao ser preso, o homem disse que cometeu o crime e que deu calmante às crianças antes da morte. No entanto, na delegacia, durante o depoimento e acompanhado de um defensor público, permaneceu em silêncio.
A principal suspeita da polícia é de que o homem tenha cometido o crime como forma de vingança contra a ex, com quem tinha uma relação conturbada. Na tarde de terça-feira, pouco antes da hora que a perícia apontou ter sido a da morte das crianças, o homem mandou mensagens a ex com ameaças.