Plataforma do governo começa a receber queixas sobre redes sociais
As instabilidades, erros, vazamento de dados, conteúdo excluído sem nenhuma justificativa e golpes em apps como Facebook e o Instagram podem ser registrados na plataforma do governo, a consumidor.gov. A medida foi publicada na Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).
De acordo com o levantamento feito pela Senacon – vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública – as reclamações de usuários de aplicativos de redes sociais aumentaram 300% no período de janeiro a julho deste ano. Com isso, as queixas principais se concentram no registro de perfis falsos utilizando dados pessoais, o compartilhamento de dados não autorizados e a cobrança por produtos e serviços não solicitados.
“O consumidor acessa, confere o registro da empresa. Ele então faz a reclamação e a empresa tem um prazo de 30 dias para se manifestar. Esse canal é importante e traz uma taxa de resolução de conflitos de quase 80% dos casos”, explicou Lilian Brandão, diretora do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor.
Leia mais:
- Singapura aprova lei que permite que o governo controle a internet e as redes sociais
- Terragraph: conheça o projeto do Facebook para levar conexões de fibra óptica pelo ar
- Twitter quer alertar os usuários caso a conversa esteja perto de se tornar briga
Além disso, a Secretaria-Geral da Presidência da República registrou que existem 150 milhões de usuários de redes sociais no Brasil, o que representa 70% da população.
A falha do sistema na plataforma Facebook gerou uma notificação por parte do Procon do estado de São Paulo, para orientar as ações. “O Procon-SP pretende identificar as causas da pane geral e punir as empresas com multas superiores a R$ 10 milhões, salvo se houver justificativa de evento fortuito, externo e incontrolável, e assim fixar responsabilidades para futuras ações individuais reparatórias”, pontuou o diretor do Procon, Fernando Capez.