Deputados de oposição ao governo Zema, em MG, se reuniram com Rodrigo Pacheco
Os Deputados do bloco de oposição ao governo estadual na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) se reuniram com o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nesta segunda-feira (4/3), para tratar sobre a dívida do estado com a União. O grupo de parlamentares tem ainda uma agenda com técnicos do Ministério da Fazenda para discutir o tema durante a tarde.
utados de oposição criticam o fato de que o governador não pagou nenhuma parcela da dívida em cinco anos de governo e citaram a presença de Zema no ato organizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em São Paulo, em 25 de fevereiro, para evidenciar as prioridades políticas em detrimento da gestão fiscal de Minas.
Em nota, Pacheco destacou que a dívida mineira foi o assunto central da reunião com os parlamentares e apontou que a questão terá prioridade nas discussões de março, fim do prazo para que o débito volta a ser cobrado. “Na oportunidade, tratamos de diversas questões relativas aos interesses do estado, mas sobretudo da dívida de Minas Gerais com a União. Tema que, no decorrer do mês de março, será objeto de intensa dedicação e trabalho por parte de todos os envolvidos, até que possamos resolver esse problema definitivamente”, diz trecho do texto.
Fizeram parte da reunião os seguintes deputados: Lohanna (PV), Leninha (PT), Ulysses Gomes (PT), Doutor Jean Freire (PT), Professor Cleiton (PV), Lucas Lasmar (Rede), Leleco Pimentel (PT), Cristiano Silveira (PT), Ricardo Campos (PT) e Celinho Sintrocel (PCdoB).
A proposta de Zema para resolução da dívida de Minas era a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal, mecanismo oferecido pelo governo federal para estados que devem à União. A medida é impopular por estar atrelada à adesão de medidas de austeridade como a redução de reajustes salariais para servidores e o controle rígido de investimentos estatais.
No fim do ano passado, Pacheco e nomes como o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), entraram em campo para propor que a dívida fosse renegociada diretamente entre o estado e o governo federal. A proposta inclui pontos como a federalização de estatais mineiras e o uso das indenizações pelos desastres de Mariana e Brumadinho para abater o débito.